domingo, 7 de outubro de 2007
Vida de estagiário realmente não é fácil
Estava pensando no que postar no último dia do projeto desse blog. Pesquisei notícias em internet, jornais, televisões...Tudo muito batido. Então resolvi entrar no YouTube. Vi alguns vídeos e, depois de alguns deles, vi um chamado de Vida de estagiário não é fácil. Ao vê-lo, percebi a grande alusão que o pequeno filme traça com o dia-a-dia dos que têm esse tipo de trabalho.
Um grupo de jovens busca carona e eles são completamente ignorados. Quase perdendo as esperanças – estavam diante de um calor infernal, um sol escaldante, em uma parte da cidade aparentemente despossuída de outra alternativa de transporte – os jovens viram um carro parar. A alegria toma conta até o ponto que o motorista pergunta sobre o Hospital do Coração. Eles não acreditam, mas não perdem a motivação de seguir em frente. Eis que, depois de muito insistirem, uma santa alma aparece oferecendo a tão esperada carona.
A analogia está justamente em que o estagiário enfrenta uma jornada muitas vezes desgastante e que, se quiserem algo no futuro, terão que lutar, aparecer. Não basta apenas reclamar das coisas, tem que agir. Os jovens do vídeo perseveram em busca do objetivo. O estagiário que quer ser notado, tem que fazer a mesma coisa, sem ficar esperando que tudo caia do céu.
Para finalizar, outro vídeo que me chamou atenção foi o de como os empregadores vêem os estagiários.
sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Fim do jornalismo impresso?
Ao ingressar na faculdade, uma das primeiras perguntas que é feita aos estudantes é em qual área do jornalismo pretende-se trabalhar. É praticamente unânime a resposta: em impressos.
Porém, soa meio contraditória e até meio burra essa opção, já que está mais que comprovado o espaço que a internet tem conquistado e roubado desse tipo de veículo.
No Reino Unido, leitores de 15 a 24 anos dizem que gastam 30% menos tempo com jornais desde que começaram a usar a internet.
Na França, 50% das pessoas nascidas antes de 1940 lêem um jornal regularmente. Dos nascidos entre 1940 e 1960, somente 30% o lêem diariamente – e esta porcentagem é de 20% para os mais jovens.
Somos mais que participantes dessas estatísticas, somos os responsáveis pelos resultados.
Se sonhamos em trabalhar em jornal impresso, porque raios não o temos o hábito de lê-lo?
Porque não somos pseudo-moralistas e sabemos que a internet é muito mais acessível e prática. E por essa característica, prioriza o imediatismo da transmissão da informação o que, muitas vezes, deixa defasado o conteúdo da matéria. Há pouca apuração das informações e sobra de superficialidade.Ambos os veículos buscam informar os leitores e tornar mais crítico o senso comum. Acreditar que o desenvolvimento de um acarretará no desaparecimento do outro é subestimar a capacidade do homem de se adaptar.
Longo Caminho
Escrever semanalmente a respeito de um assunto específico e que na maioria das vezes não é algo que realmente nos interessa, é sim, um exercício e tanto.
Foi bacana brincar de Cony, Clóvis Rossi, Veríssimo e tantos outros que abrilhantam o nobre espaço jornalístico. Não fizemos crônicas tão boas mas bagunçamos muito.
Nesse meio tempo podemos afirmar que crescemos como profissionais e sobretudo como pessoas. Tivemos uma baixa considerável no nosso “Rat Pack” e seguimos confiantes de que a luta continua.
Além do mais temos ainda muitas redações a cruzar e se pintar algum estágio bem remunerado, por que não?
Quero agradecer a todas as visitas e comentários em nome de toda a nossa turma e deixar bem claro aqui que o mercado vai ganhar qualidade assim que todos nós estivermos inseridos nele (no bom sentido, diga-se).
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Para poucos
A questão é que mesmo esse fato ter acontecido em 2003, a dificuldade para arranjar emprego continua até hoje, sem contar nos índices que continuam aumentando. Mais aí vai um recado para você, estudante: não fique preocupado se não conseguir aquela vaga de estágio. Com essa concorrência, não é a competência que está em jogo, mas sim, uma questão de sorte ...
segunda-feira, 1 de outubro de 2007
O pão que o diabo amassou
Estagiário sofre. E a constituição é conivente com isso. A lei de 7 de dezembro de 1977 (tem que ser criação da ditadura!) regulamentada pelo Decreto 87.497 padroniza o estágio no Brasil. Sem vínculo empregatício, o estagiário não tem direito a salário (é opcional à empresa remunerá-lo), vale-refeição, vale-transporte, férias, quanto menos ao 13º. O único direito do estagiário é o cafezinho (ugh!) do escritório ou da redação.
Estudante de jornalismo também sofre (mas nem por isso abandona a arrogância e o espírito pseudocult). Uma pesquisa/reportagem que o grupo de estagiários da Editora Abril fez permite breve noção a respeito disso. Segundo tal reportagem, estimativas de 2005 apontam que 497 eram as faculdades de jornalismo no país. No mesmo ano, 53,5 mil estudantes ingressaram na área e 28 mil recém-formados foram lançados ao mercado. Considerando que o mercado de jornalistas já está saturado, a situação se revela alarmante. Onde o mercado enfiará tanto jornalista? Certamente, a maior parte deles ficará de fora das redações. Segundo o Observatório Universitário, apenas 12,5% dos graduados em jornalismo atuam na área.
ATENÇÃO: estudantes de jornalismo que fazem uso de fluoxetina, parem de ler esse post agora mesmo. O piso salarial de um jornalista é um empurrão para a gente cortar os pulsos, embora isso ainda soe como eufemismo. R$ 750,00 o piso mínimo; R$ 1.185,11 o médio; e R$ 2.029,00 o máximo. Não, um canudo não é garantia de futuro tranqüilo.
Mulher sofre mais do que estagiário e estudante de jornalismo junto. Apesar de ocuparmos 51,5% das vagas nas redações, o quadro de chefia está predominantemente em mãos masculinas. E nossa remuneração, segundo a Fenaj, é cerca de R$ 500,00 menor. Isso sem falar nos nossos castigos fisiológicos mensais, nas dores da depilação, na ditadura da beleza à qual estamos submetidas, na tripla jornada (trabalho, maternidade e cuidados com a aparência), no machismo maldito embutido na sociedade brasileira, na idéia da restrição feminina aos prazeres da vida...
Tirem suas próprias conclusões enquanto eu me consolo com uma travessa de lasanha.
domingo, 30 de setembro de 2007
Sites de emprego
Eles nos sacaneiam. Você recebe no seu e-mail "Nova Ofeta de Emprego". Aí tem escrito lá "para visualizar os detalhes do emprego clique aqui", e então, você todo feliz com a futura oportunidade clica lá e acha que vai sair da pindaíba finalmente. Eis que abre uma nova janela no seu navegador, com o link do site escrito "para visualizar essa oportunidade, cadastre-se no site. Apenas R$15 mensais" PÁRA TUDO! Não gente, num dá. Esses sites nos desanimam. Tem gente que tenta, pode dar certo, não posso negar.
sábado, 29 de setembro de 2007
Ajuda de especialistas
A dificuldade de se ingressar no mercado de trabalho foi um tema amplamente discutido aqui. Como a empresa quer experiência de um recém-formado se não lhe dá oportunidades para isso acontecer?
A pergunta é difícil de ser respondida. Porém, especialistas vivem debatendo sobre o assunto a fim de chegar a um consenso. E, para ajudar os estudantes a arrumar um bom estágio,emprego, treinamento, que seja, a Publifolha lançou a Série Profissões. Dividido entre várias partes, a série trata das dificuldades dos estudantes, de alguns atalhos e alguns macetes nessa voraz trajetória até o sucesso profissional. A parte que nos cabe aqui é justamente a do jornalista. No livro desenvolvido para os jornalistas, encontram-se, além das dicas, algumas informações de assessoria de imprensa, sobre laboratórios e empresas juniores do ramo e também os “10 mandamentos de um futuro jornalista”.
O livro é relativamente barato, levando em conta do volume de informações necessárias a todos os universitários. R$19,90 é um preço acessível. Já é possível encontrá-lo nas melhores livrarias, telefone e site da Publifolha.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Homenagem ao amigo
Fica aqui a torcida pelo seu sucesso assim como a expectativa que encontre em breve uma colocação na área que escolhemos para atuar.
É de fato bem disputada e todos querem um lugar ao sol mas nós contamos com um componente que de repente pode ser um diferencial, a fibra daqueles que estão acostumados ao revés. Sim, torcer por Corinthians e Palmeiras ultimamente é um sinal de fibra, um “algo mais” que nos põe em pé de igualdade com nossos concorrentes pela vida afora.
Talvez não tenhamos o preparo da concorrência e nem contemos com seu pistolão mas nossas almas foram forjadas ao longo dos últimos anos com o duro chumbo das provações e humilhações futebolísticas.
Ainda nos encontraremos se não pelas cadeiras da faculdade, certamente pelos campos desse Brasil cobrindo as glórias e mazelas de nossos clubes de coração.
Força sempre amigo e até breve.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Universidades e estágios : parceria de sucesso
Muitas universidades oferecem cursos e programas de estágio para os alunos. Criam agências experimentais, veículos sérios de comunicação e outros programas acadêmicos. Nesses ambientes, é possível estabelecer uma situação quase que idêntica às quais os universitários irão encontrar em seus futuros empregos, estipulando tarefas, projetos, prazos e tendo ligação direta com os clientes.
Aumentando ainda mais a lista de benefícios dessas atividades, pode-se enaltecer o fato de que o aluno estará o tempo todo dentro da universidade. Assim, poderá aprender na prática quase que em tempo integral. Além da experiência registrada no currículo, os alunos ganham preparação adequada para enfrentar bons candidatos em entrevistas de emprego e a faculdade fica com o reconhecimento e gratidão dos futuros profissionais.
Fonte: Central de Estágios Universidade Metodista de São Paulo
Até onde vai nossa resposabilidade social?
O estágio promove contato direto e real com a área escolhida, tem-se na prática o que é aprendido na teoria na faculdade e tira-se a prova se essa é realmente a profissão que se deseja seguir pelo resto da vida.
Antecipa ao aluno dificuldades que encontrará quando se formar e o defronta com questões éticas e ideológicas tão presentes na profissão. E o faz parar, na marra, para pensar no papel da imprensa na vida das pessoas, tanto daquelas entrevistadas quanto daquelas que vislumbrarão o produto final do trabalho,seja lendo-o, assistindo-o ou ouvindo-o. É uma verdadeira prova de fogo. Superando-a, as chances são enormes em permanecer na área de jornalismo. Ou de abandoná-la de uma vez.
Uma menina de São Caetano de apenas seis anos recebeu um transplante de coração de uma criança, vítima de bala perdida, de 12 anos, na última sexta-feira. A situação trágica atraiu diversos veículos de comunicação. O caso ganhou a mídia nacional: Globo, SBT, TV Record.
Ao contatar a mãe da menina, ela não escondeu a mágoa, mas, sem dúvida, o sentimento foi diminuído diante da felicidade do renascimento de sua filha. “Quando precisávamos da mídia para divulgar a campanha nacional de doação de órgãos, ninguém se propôs a defender a nossa causa. Agora, que já conseguimos, dei mais de quatro entrevistas apenas hoje.”
Somos abutres atrás de carniça? Assim me senti na hora. Se a menina tivesse morrido, o que aconteceria em questão de semanas ou meses, culparia em parte o descaso da imprensa.
O jornalista possui uma forte responsabilidade social e deve lutar junto com o veículo onde trabalha para executá-la. Claro que não são todas as mazelas e necessidades da sociedade que serão divulgadas pela imprensa e, quiçá, resolvidas por ela. Mas o jornalista deve se lembrar, em meio a busca muitas vezes insana por pautas quentes e furos jornalísticos, do seu comprometimento com a população. Mais que isso: com a sua consciência.
Se fosse a sua filha que precisasse de um transplante, não daria um jeito de o caso atingir a mídia? Tenho certeza que sim.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
E quando não dá para estagiar?!
domingo, 23 de setembro de 2007
O ultimato
sábado, 22 de setembro de 2007
Piadinha pra descontrair
O presidente de uma grande empresa, sentado em sua enorme sala sem absolutamente nada para fazer, começa a pensar sobre o que é trabalho e o que é lazer em seu dia.
Após uma enorme lista de diversões, ele chegou na hora em que dorme com sua esposa, com a qual já está casado há 15 anos. Sem conseguir concluir ao certo se dormir com sua esposa é trabalho ou prazer, ele chama o vice-presidente em sua sala.
Um pouco menos desocupado, o vice pára de ler as reportagens sobre a empresa que haviam sido publicadas no jornal e vai até a sala do presidente que lhe pergunta:
-Dormir com minha esposa é trabalho ou prazer?
O vice pensa alguns segundos e, incerto da resposta, pede duas horas para responder. Volta para sua sala, chama o diretor geral da empresa e faz a mesma pergunta:
- Quando o presidente dorme com a mulher dele é trabalho ou prazer?
Dá ao diretor geral o prazo de uma hora para responder. Imediatamente o diretor geral, mesmo sem nada para fazer, delega a função para ao diretor jurídico que passa a pergunta para o advogado sênior e assim vai até chegar no advogado júnior que se formou há seis meses e não produziu nada até agora. Assim como o resto da empresa o advogado júnior fica na dúvida e vai até a
mesa de seu estagiário:
- Você tem cinco minutos para descobrir se quando o presidente dorme com a mulher dele é trabalho ou prazer.
O estagiário então, sem parar de digitar com a mão direita e separar uma pilha de
documentos com a mão esquerda, olha para o advogado júnior por cima das milhares de pastas que estão em sua mesa e responde:
- É prazer.
Espantado com a rapidez e confiança da resposta do estagiário o advogado júnior pergunta:
- Mas como você tem tanta segurança em sua resposta?
Ainda sem parar de trabalhar o estagiário responde:
-Porque se fosse trabalho era eu quem ia fazer...
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Luiz Ignácio e os Picaretas
Quando pensamos que vivemos num país onde o presidente do senado consegue sua absolvição graças à conivência da maioria mínima dos seus pares, fica um amargo gosto da boca.
Porque não há outro sentimento que possa brotar das entranhas do povo que não a indignação. Mesmo essa de tão usada já está ficando batida, gasta. Paga-se mal à maioria dos trabalhadores do país (incluindo ai nossos queridos e bravos estagiários) ao ponto que uma elite mandatária segue com seus desmandos e salários astronômicos. Junte-se a isso a semana reduzida de trabalho e temos então um retrato fiel das mazelas da nossa querida patriazinha.
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
ABRES luta contra redução nas vagas de estágio
Meu post, na verdade, veio expor essa questão e pautar a discussão dessa nova legislação que possivelmente irá vigorar.
Obs.: Para os interessados em contribuir para a luta contra o projeto de lei, o e-mail trazia os endereços eletrônicos da Senadora Ideli Salvatti (PT/SC) - ideli.salvatti@senadora.gov.br- e do Senador Raimundo Colombo (DEM/SC) - raimundocolombo@senador.gov.br.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Money que é good nós não have
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
É preciso jogo de cintura... Rebola, Suzaninha!
Chegou o dia, e Suzaninha estava toda arrumadinha.
E lá foi Suzaninha para a prova de fogo.
- Bom dia, Suzana. Vou começar. Por que você gostaria de trabalhar no diretório jurídico?
- Eu enxergo esse estágio como uma boa possibilidade de ingressar no mercado e de aplicar na prática a teoria aprendida no curso.
-Ah é?! E... você bebe?
-Não, faço tratamento freqüente com remédios.
-O que você acharia se um colega seu de trabalho bebesse em excesso e desse vexame numa das nossas festas?
-Apesar de não gostar desse hábito, eu não julgaria a vida particular de um colega de trabalho.
-E... seu namorado é ciumento?
Apesar de esse ser o ponto fraco de Suzaninha, ela se manteve segura:
-Não tenho namorado.
-Tão bonita e solteira? Hmmm... Que tipo de biquíni você costuma usar? É que às vezes a gente faz uns churrascos em chácaras com piscina...
-Ah, eu costumo usar sutiã meia-taça...
-E se numa entrevista de trabalho alguém falasse: "Suzana, os seus seios são muito bonitos"?
-Eu diria que assuntos desse tipo não devem ser tratados em entrevistas de trabalho.
-Como é seu ciclo menstrual, Suzana?
Tic-tac, tic-tac, tic-tac. Os 3 minutos estavam se acabando, e Suzaninha não chegava ao resultado final.
Mauro, rindo, revelou que tudo não passara de um trote.
É, meus caros. Suzaninha é pseudônimo. Mas a situação foi real e bem embaraçosa. Comédias da vida privada.
domingo, 16 de setembro de 2007
Currículo
Primeiramente, coloque seus dados pessoais, afinal de contas, eles (empresas) precisam saber ao menos com quem estão lidando. Isso inclui nome completo (obviamente), data de nascimento, nacionalidade, estado civil, se tem filhos, quantos, enfim, fale um pouco da sua vida pessoal.
Em seguida é necessário colocar onde você mora. Não pense que a empresa na qual você pretende ser contratado vai tentar algum tipo de sequestro relâmpago ou atentado contra você, coloque todas as informações residenciais possíveis, rua, bairro, cidade, CEP, telefone, ramal, complemento e tudo mais o que você tiver aí. Quem procura um emprego quer, de verdade, ser encontrado e com facilidade.
A terceira parte dirige-se ao seu objetivo. Como diz o nome, OBJETIVO, então meu amigo, seja você também, não faça rodeios, seja direto, sucinto e diga o que pretende fazer da vida.
sábado, 15 de setembro de 2007
Ansiedade que pode atrapalhar
Simone, antes de ingressar no mercado de trabalho como uma estagiária, estava apreensiva. Não era por menos, era dia de entrevista para o primeiro emprego. Preparada psicologicamente, com um discurso polido, respostas devidamente ensaiadas, Simone era o exemplo de pessoa bem preparada para ser contratada. Seu pai, na semana anterior, alertara sobre os perigos e armadilhas que os empregadores fazem.
- Cuidado, filha, essa “raça” não presta.
Ela guardara aquilo consigo, mas ergueu a cabeça e foi toda confiante e serelepe.Entrou na sala com um cuidado ímpar, tudo para impressionar.
- Então Simone, seu currículo me impressionou bastante. Mas tem um problema. – disse o futuro chefe.
Simone tremeu.
Ele continuou – seu currículo está muito comum. Iguais ao seu, eu tenho pilhas e pilhas.
Sem hesitar, ela levanta imponente e fala.
- Posso tirar um xerox e trazer um cafezinho, se o senhor quiser.
- Porque não falou antes, menina. Contratada!
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Sonho ou sobrevivência?
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Respeito, eu sou estagiário!
Muitos profissionais e personalidades que são entrevistadas por telefone, e-mail, ou até pessoalmente não imaginam estar diante de um estagiário - aquele estudante universitário que procura ali o motivo para seguir em frente na sua futura profissão. Tanto que, às vezes, o motivo de não perceberem é a ótima atuação profissional da pessoa em questão.
Mesmo assim, o motivo de minha postagem é a indignação com aqueles que rejeitam o estagiário e se negam a dar entrevistas, informações e até mesmo a conversar. A situação fica um pouco pior quando se ouve: "Por favor, chame o seu superior". Superior? O que a pessoa quer dizer com "alguém superior"?
Por favor, peço respeito àquelas pessoas que não tem paciência com os estudantes premiados com a oportunidade de aprender na prática os conceitos da futura profissão escolhida.
Só por serem jovens no ramo, não significa que farão seu trabalho sem vontade ou de qualquer jeito. Profissionais preguiçosos e inúteis existirão em qualquer lugar, mais isso não é sinônimo de estágio.
O preconceito contra os universitários praticantes da profissão deve desaparecer do mapa! Eles merecem respeito e admiração por buscarem ocupação construtiva e contribuinte para seu futuro profissional. Ao contrário de certas pessoas que tem como seu passatempo predileto tratar mal os outros...
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Mais café, por favor
Sem referências diretas ao preço cobrado pelo produto (em especial, ao do Centro de Convivência da nossa universidade, que não é nada baixo!), enfrentar com disposição um longo dia de trabalho e em seguida quatro horas de aula não nada é fácil. Não, não. Não estou incentivando o uso de entorpecentes, apenas relembrando o poder da velha e boa cafeína.
Segundo o estudante de Mídias Digitais Thiago Henrique de Miranda, o café faz o rendimento de seu dia ser muito maior. “Passo o dia bebendo café. Eu e o outro estagiário trazemos todos os dias uma garrafa térmica cheia. Quando um dos dois esquece, o dia parece que não passa”, diz Miranda, que acrescenta não ser viciado na substância. “Apenas a consumo todos os dias, ininterruptamente”, brinca.
Outro que se deixou seduzir pelo produto é o estagiário Gustavo Louro. Estudante de engenharia no Instituto Mauá de Tecnologia, Louro conta que detestava café antes de ingressar à vida universitária. “Mas agora não dá. Se eu não tomar café na hora em que acordar, antes de ir para o trabalho, passo o dia encostado nas máquinas da firma.”
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Emprego ou estágio?
domingo, 9 de setembro de 2007
Trabalho?
Mas aí você vem me perguntar o que eu tenho pra falar sobre trabalho? Pô, NADA!
Gostaria muito de saber o que falar, mas infelizmente, vou ficar te devendo essa. Só posso falar o que todos já falam e sabem. Você deve se dedicar, se esforçar e fazer o melhor possível por você e pela sua empresa. Mas, por falta de experiência, eu não posso aprofundar o assunto.
Sinto muito, mas é tudo que eu posso falar. Por isso, se você não é um desempregado, como eu. Aproveite bem o seu emprego, é ele que vai te assegurar dinheiro todo dia 15 na conta...
Dicas para um Estagiário
Pra começar gostaria de me desculpar pela a ausência um tanto forçada do post de quinta, mas problemas técnicos me impediram. Estou postando este com um certo atraso mas espero que ainda esteja valendo.
O estagiário, como todo bom filho de Deus (embora haja rumores de que Ele não reconhece a paternidade) precisa também ter seus dias de descanso.
Recomendações aos estagiários:
- Ouça muita música, dizem que boa música acalma as feras e todos sabemos que dentro de cada estagiário, há uma besta adormecida.
- A vida não é só ralação, embora seu chefe acredite piamente nisso. Portanto, saia à noite sempre que puder.
- Leia muitos livros que lhe agreguem algum tipo de conhecimento. Cultura inútil também serve afinal de contas o destino de todo bom estagiário é ser chefe um dia.
- Procure se aplicar ao máximo nas suas atividades universitárias. Ao contrário do que você pensa, aquele seu professor super chato tem razão em lhe cobrar a leitura de todos aqueles textos bárbaros escritos no princípio do século retrazado, sem eles, você não tem a menor chance de passar numa entrevista de emprego depois de formado.
Vou deixar mais dicas para um próximo post.
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Mundo restrito para numerosos candidatos
Desemprego batendo todos os recordes. Número de formados em faculdades (mesmo que meia-boca) sobe com certa constância. Como solucionar o problema?
Difícil responder. Uma forma é o estágio. Porém a concorrência é grande.
Notícia publicada no site globo.com mostra que pessoas quase se esbofeteiam por uma vaga, mesmo sendo apenas um estágio não-remunerado. É o que tem que ser feito no mundo em que vivemos.
Segundo a matéria, algumas programações de estágio chegam a receber quase 20 mil inscritos para cerca de 200 vagas. Loucura!
As empresas, claro, se aproveitam. Justamente pelo desespero que muitos recém-formados têm de ficarem sem emprego. O estágio, se for bem feito, pode render uma efetivação. Essa é a promessa. Mas, se não for bem feito? Se algo der errado não por causa do estagiário, mas por causa da pouca paciência do empregador? É um risco que se corre.
E, para quem quer correr o risco, esses meses são os que têm maior concentração de programas de estágio. Tem que correr atrás, afinal o mercado de trabalho se mostra cada vez mais restrito para um mundo de universitários ansiosos para entrar nesse grupo seleto.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Trabalhar por trabalhar
E quando o assunto é estágiar e não receber um salário no final do mês? Para alguns, isso pode parecer pura exploração. Para outros, mais uma chance de acrescentar uma experiência profissional em seu histórico.
Segundo o estudante Gustavo Scopel do curso de engenharia de produção da Escola de Engenharia Mauá, o estágio voluntário deve ser entendido como qualquer outro trabalho. “As pessoas trabalham com a mesma responsabilidade de um estágio remunerado”, diz o universitário que estagia sem receber salário na Empresa Mauá Jr., dentro da própria universidade. “Lá os horários são flexíveis e a carga horária de serviço é bem menor. Se fosse para trabalhar em um estágio remunerado eu não teria esse tempo livre que eu tenho para estudar.”
O processo de admissão dos profissionais voluntários segue o padrão dos empregos assalariados. “Tive que mandar currículo, fazer entrevista”, explica Scopel.
Já em relação à credibilidade daqueles que contam com essa experiência na carreira profissional, o trabalho aparece como um diferencial na hora de concorrer a uma vaga. “Isso mostra força de vontade”, defende. O estudante ressalta ainda que essa oportunidade facilita a entrada dos futuros profissionais no mercado de trabalho. “Vale a pena não só pelo currículo, mas por ter um primeiro contato com o mundo empresarial”, finalizou Scopel.
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Relato de uma Estagiária
Aconselho a todos que busquem um, que conheçam de perto a profissão a qual pretendem seguir e se apaixonem pelo jornalismo, como aconteceu comigo. Ou não, que descubram o que realmente desejam fazer no futuro. Direito, publicidade, medicina ou abrir um bar na praia.
Claro que a minha remuneração não paga toda a mensalidade da faculdade, mas garanto que valoriza ainda mais cada palavra pronunciada pelos professores e o esforço absurdo da minha mãe para manter toda essa estrutura.
Às vezes, fica um pouco apertado conciliar o estágio, a faculdade, os estudos, as obrigações de casa, afazeres pessoais. Mas quer saber? Isso é o mais fascinante! É como em dia de fechamento. Todos neuróticos, nervosos, com pressa e concentrados. O telefone tocando o tempo todo ou, pior ainda, sem tocar quando mais se precisa dele! A agonia de decepcionar os editores, pois não conseguiu falar com AQUELA pessoa e a satisfação de sair dessa enrascada com uma lembrança repentina e brilhante de outra fonte! E o enorme, E-N-O-R-M-E prazer de ver o jornal pronto no dia seguinte. Sabendo que você realmente teve compromisso com a verdade, não deturpou as informações, teve consideração pelos envolvidos em sua matéria, respeito e preocupação com o leitor e dou-se totalmente à realização do seu trabalho. Sabe o que é ainda melhor? Saber que logo mais toda essa loucura começa outra vez.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
É com prazer que lhes informo que...
Parem e pensem em tudo o que fazem diariamente.
Não, tomar banho não é subverter a ordem. Nem freqüentar uma faculdade. Muito menos escovar os dentes e deixar o tubo de pasta aberto sobre a pia. Pasmem: estagiar em jornalismo é subverter a ordem.
Mas não estamos sozinhos nessa revolución. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo até promove um programa de estágio. E uma das chapas da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) também se coloca a favor do exercício, como forma de aprimorar o exercício dos futuros profissionais de imprensa no Brasil.
O estágio em jornalismo é proibido por lei desde 1978. Contexto histórico? 1978 remete à ditadura militar no Brasil, mais precisamente ao governo Geisel. E o ano de 1978 é marcado pela revogação do AI-5, o mais impactante e repressor dos Atos Institucionais - aquele que privava os cidadãos do direito de hábeas corpus. O período era de abertura. Mas, de acordo com os próprios militares, "abertura lenta, gradual e segura". Será que proibir os estudantes de jornalismo de estagiar era (é) uma forma de enfraquecer a oposição ao governo? Será que temos todo esse poder de coerção?
Pensem nisso. E não, masturbação não é subversão à ordem.
domingo, 2 de setembro de 2007
Estágios?! Oh, Céus!
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Estágio: na prática, a teoria é a mesma
Antes de qualquer coisa, queria eu me sitiar no que diz a teoria e a prática sobre o estágio. Na teoria, nada melhor que consultar um dicionário. O escolhido foi o Dicionário da Língua Portuguesa On-Line. Eis a definição:
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Estagiários graças a Deus
Essa função precisa ser encarada como o princípio de um caminho brilhante a ser percorrido.
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Afazeres e deveres de um estagiário
terça-feira, 28 de agosto de 2007
A Favor do Xerox
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Simoneeê, vai tirar xerox!
- Simonê! O motoboy acabou de entregar uma pilha de documentos. Tá tudo na mesa da Elvira.
Simone era estagiária de advocacia.
- E o que é que eu faço?
- Pega tudo e vai tirar xerox! Ah, aproveita que você vai descer e, antes de subir, me traz um cafezinho. Sete gotas de adoçante, você sabe. E se for café de fundo de garrafa, faz outro, vai...
- Sim, senhor.
Só que dessa vez ela foi além. Chegando ao andar de cima, foi recepcionada por um barbudo, um tal de Pedro.
- Você vai ser estagiária do Mestre, Simone.
E lá foi Simone servir ao todo-poderoso. Pelo menos ele não usava sapatos. Usava um par de sandálias bem humilde, de corda trançada.
-Simonê, faz um favor pra mim?
-Qual, Senhor?
-Vai tirar xerox das fichas da vida mundana do pessoal que veio pra cá hoje. Aproveita e, na volta, traz uma nuvem bem macia pra eu repousar meu pescoço. Maldito torcicolo!