segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Emprego ou estágio?


Um é o Brad Pitt andando de fusquinha; o outro é o Russo dirigindo uma Ferrari. Um é o velho de guerra do sexo e sua experiência; o outro é o playboyzinho inexperiente que dá presentes caros. Um deles é Elis Regina e sua voz esplendorosa; o outro é a menininha sem talentos, mas bem apessoada, de mini-saia e decote fazendo show para multidões. Qual deles escolher?
Isso, meus caros, é questão de prioridades. E de condições financeiras principalmente.
Não é novidade alguma que estágio não paga faculdade e nem sustenta família. A lei não estipula piso salarial para o estagiário: ela até permite que o estágio não seja remunerado – e os chefes (ou patrões, como preferirem), pouco bobos que são, se aproveitam da situação. É tendência neoliberal, meus caros: eu hei de lucrar e teu salário há de ser achatado. E, pensando em longo prazo, aqueles que buscam experiência e não têm o peso de sustentar seus gastos não hesitam em arranjar um estágio.
Já o emprego, apesar de não agregar experiência na área desejada, possibilita certo conforto financeiro – se é que não é heresia falar uma coisa dessas no Brasil do século XXI. E lá vou eu para a fogueira, como as bruxas na Inquisição, tentando decidir: bolso ou currículo?

3 comentários:

José Roberto Silva disse...

Excelente texto Bruna, sou seu fã.

Carolina Rodrigues disse...

Adoro o jeito que você escreve. Parabéns!

Bianca Buono disse...

Nem precisa dizer que você escreve muito bem, né?
A leitura flui! Adorei!