terça-feira, 18 de setembro de 2007

Money que é good nós não have

Temos de estar preparados para em algum momento da vida trabalhar de graça. Se não de graça, por muito pouco.
A experiência que um (bom) estágio oferece é comprovadamente significativa e, muitas vezes, decisiva para o futuro profissional. Mas é tão frustrante ter duas décadas de vida e nenhuma condição real de se sustentar.
“Duas décadas” pode parecer pouco dependendo do ponto de vista. Mas, em vinte anos, cinco presidentes passam pela administração nacional, cinco copas mundiais acontecem. É a duração do regime militar, o intervalo entre as duas grandes guerras.
Enfim, poderia sim haver o mínimo de independência financeira, mas a remuneração dos estágios, de uma maneira geral, não colaboram. Por isso, novamente a polêmica: aproveitar o auge da nossa disposição para angariar fundos para o nosso futuro, com vários empregos, longos expedientes e salários medianos ou investir num bom estágio que trará recompensa a longo prazo e permanentemente? A segunda opção parece mais inteligente, apesar de acarretar frustrações financeiras imediatas. Então, aqueles que podem se dar ao luxo de ter um emprego desses, que não têm a obrigatoriedade de sustentar uma casa, pagar contas devem agarrar as oportunidades que surgirem. Dinheiro? Bom, melhor poupar no presente, para garantir o futuro. Ô, ditado infernal.

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