sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Fim do jornalismo impresso?

Ao ingressar na faculdade, uma das primeiras perguntas que é feita aos estudantes é em qual área do jornalismo pretende-se trabalhar. É praticamente unânime a resposta: em impressos.
Porém, soa meio contraditória e até meio burra essa opção, já que está mais que comprovado o espaço que a internet tem conquistado e roubado desse tipo de veículo.
No Reino Unido, leitores de 15 a 24 anos dizem que gastam 30% menos tempo com jornais desde que começaram a usar a internet.
Na França, 50% das pessoas nascidas antes de 1940 lêem um jornal regularmente. Dos nascidos entre 1940 e 1960, somente 30% o lêem diariamente – e esta porcentagem é de 20% para os mais jovens.
Somos mais que participantes dessas estatísticas, somos os responsáveis pelos resultados.
Se sonhamos em trabalhar em jornal impresso, porque raios não o temos o hábito de lê-lo?
Porque não somos pseudo-moralistas e sabemos que a internet é muito mais acessível e prática. E por essa característica, prioriza o imediatismo da transmissão da informação o que, muitas vezes, deixa defasado o conteúdo da matéria. Há pouca apuração das informações e sobra de superficialidade.Ambos os veículos buscam informar os leitores e tornar mais crítico o senso comum. Acreditar que o desenvolvimento de um acarretará no desaparecimento do outro é subestimar a capacidade do homem de se adaptar.

Um comentário:

A Garota da Biblioteca disse...

Talvez as pessoas simplesmente esqueceram o prazer que é ter um papel nas mãos, ou o cheiro de um livro e de uma revista. Aqueles que buscam o impresso têm uma visão romantizada do exercício antigo do jornalismo.

Acredite, sou uma daquelas que gostariam do impresso... mas em uma sociedade onde o imediatismo é o mais cobrado, fica difícil até mesmo para explorar a verdadeira vocação do impresso: o aprofundamento. Uma pena que aconteça assim.